domingo, 5 de dezembro de 2010

Simples de coração ♥

Não sou boa com números, mas sim com frases feitas e com morais de histórias. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável, almejo o quase impossível. Sou qualquer coisa que ainda não inventaram, um produto que escapou da série, uma combinação de opostos que se harmonizam sei lá como ou por quê. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Minha alma se compõe de sorrisos largos e dores agudas.

Tenho um ritmo que me complica, uma vontade que não passa, uma palavra que nunca dorme, viajo de extremo a extremo em segundos e a intensidade explode dentro de mim a todo instante. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil, não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém, mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil, me desinteresso a toa, sou a pessoa mais doce que você já viu.Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Sou um pouco de tudo o que vejo e muito do que nunca vi. Vivo numa busca incessante pelas coisas e pessoas que ainda não encontrei para tentar aliviar a saudade que sinto de tudo aquilo que desconheço. Sou alguma coisa entre o sol e a lua. Nem dia, nem noite: um fim de tarde! Caminho por entre cores e brilhos que não entendo, mudo de tom todos os dias. Ando como quem perde o norte, procuro como quem foge, do mundo, dos outros, de si... Não sei de quantas palavras me faço, nem sei em que versos me acabo. Sou aquilo que preciso ser, quando aquilo que eu quero ser já não me cabe mais... As vezes perco sonhos e choro, logo eu, que amo sorrir!! Mas não tem nada não. Bonito mesmo é essa coisa da vida, um dia quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser, quem na verdade a gente é.

 
“Há uma infinidade de palavras se perdendo entre meus pensamentos, frustradas por não conseguirem, nesse instante, descrever o que sinto, o que penso.”

Até que ponto vale à pena ser intensa? Eu preciso aprender a ser menos, menos dramática, menos exagerada, menos intensa... Penso tanto, planejo tanto, sonho tanto,me questiono tanto que fico tonta. E, por mais que eu pense planeje, sonhe, me questione, nem tudo sai exatamente da maneira que eu gostaria. Então, penso o quanto é importante, às vezes,puxarmos o freio de mão. Por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte pra tranqüilizar minha alma. Porque eu preciso muito, eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, engatar a primeira, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito... eu preciso sentir menos, sonhar menos, sofrer menos ainda,parar de pesar, de comparar, de projetar. Simplesmente parar e deixar a vida me levar. São muitos os caminhos mas, sem querer, certamente escolheremos o certo, por mais que não nos pareça. Portanto, aqui estou. Apenas deixando o barco correr, a onda, a música me conduzirem... Nem sempre podemos assumir a direção dos fatos que acontecem em nosso percurso. Acidentes, desvios, capotagens são inevitáveis. Mas nos servem para voltar à pista sem medo da derrota. E sem a preocupação da vitória. Simplesmente, com o anseio de chegarmos inteiros. E assim, retomando a vida, levantando dos tombos, cicatrizando as feridas. Agora, de uma maneira diferente. Mais adulta, mais madura. Porém, menos... Intensa.

 
“Sou apenas o meu tipo inesquecível, apesar de as vezes me achar uma porcaria. Sou como você me vê, posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar. E você pode me ver do jeito que quiser, eu não vou fazer esforço pra te contrariar.”

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